martes, 19 de mayo de 2009

andava a lua nos céus

Andava a lua nos céus
Com o seu bando de estrelas
Na minha alcova
Ardiam velas
Em candelabros de bronze
Pelo chão em desalinho
Os veludos pareciam
Ondas de sangue e ondas de vinho
Ele, olhava-me cismando;
E eu,
Plácidamente, fumava,
Vendo a lua branca e nua
Que pelos céus caminhava.
Aproximou-se; e em delírio
Procurou avidamente
E avidamente beijou
A minha boca de cravo
Que a beijar se recusou.
Arrastou-me para ele,
E encostado ao meu hombro
Falou-me de um pagem loiro
Que morrera de saudade
À beira-mar, a cantar...
Olhei o céu!
Agora, a lua, fugia,
Entre nuvens que tornavam
A linda noite sombria.
Deram-se as bocas num beijo,
Um beijo nervoso e lento...
O homem cede ao desejo
Como a nuvem cede ao vento
Vinha longe a madrugada.
Por fim,
Largando esse corpo
Que adormecera cansado
E que eu beijara, loucamente,
Sem sentir,
Bebia vinho, perdidamente
Bebia vinha..., até cair.

António Botto : Aves de Um Parque Real , As Canções de António Botto :Editorial Presença 1999



martes, 12 de mayo de 2009

ejercicio 1: forgetful heart: toguether through life/Bob dylan

El miedo durá eternamente
cada detalle muere con él,
nunca nos acordamos
del tiempo q recordamos...

Es duro tardar tanto en llegar
adios a lo que dura tanto...

Cerca, cerca, cerca casi cerca
cada vez más y más cerca...

El miedo que necesitamos
dura eternamente...
recorre el adios de los días...
del miedo que no queremos.

Es mucho más de lo que te pueden dar
pide más de lo que puedas dar
lame el dolor del tiempo

profundo, profundo, profundo
más y más profundo.

No neceesitas recordarlo todo.
el tiempo recorre tus entrañas
más y más cerca
más y más profundas...

Partes olvidadas,
mucho mas de lo que una vida puede dar.
El tiempo
puedes pedirle más.
Olvido
anda lentamente
espera escuchar
más y más profundo...